domingo, 13 de março de 2011

Amor, decepções e traumas.


Amor, visão I: sentimento puro, inocente, ingênuo, que te deixa sem razão, com nervosismo, que contém confissões, entrega, carinho, companheirismo, fidelidade, lealdade. Amor que nos envolve, consome, faz com que vivemos na fantasia de amar. Amor infantil, amor dos contos de fada. Aquele que você pode amar sozinho, que pode ser platônico e ainda ser amor.


Decepção I: o tempo passa e vamos percebendo que todo aquele maravilhoso mundo do amor da Cinderela não passa de mero mito infantil, que quando crescemos some junto com o papai-noel e o bicho-papão. Primeira decepção: abrimos os olhos e vemos que o mundo não é perfeito, nem que você tenha a visão I do amor dentro de te.

Decepção II: aquela pessoa por quem você lutou, chorou, morreu de amor, sofreu, não é a mesma? Holograma bem elaborado pelo indivíduo ou ilusão sua? Há seres racionais que pensam que aquela criatura com quem está não tem defeitos (pois digo: os tem e vêm juntos com as qualidades). Se for você que está se iludindo ou a pessoa que está fazendo com que você se iluda, mostrando ser outro alguém, um dia você percebe e... Segunda decepção.

Decepção III: ainda há aqueles que são traídos, enganados e juram que estão sendo amados e correspondidos. E quando descobrem: decepção nível III, considerada uma das piores decepções e armadilhas do amor de visão I. Chega ela toda faceira e sensual, atraente e amarga: TRAIÇÃO (inimiga mortal do homem, por ferir seu ego, seu orgulho e quebra todas as crenças do amor de visão I).


Traumas: depois das decepções vividas e enfrentadas vêm os traumas que podem se estender por anos. Os traumatizados reagem a eles de diferentes modos: podem agir de forma depressiva, regada a álcool, drogas e sentimentos suicida; de modo blasé, agindo totalmente indiferente como se nada tivesse acontecido ou transformado a sua vida; e a forma mais “trash” e mais usual para sarar um “Love Hurt”*: encontrar um novo amor, pra por no lugar do antigo, mas não é tão simples e tão direcional quanto as minhas palavras pareceram, é procurar em alguém (qualquer um que não seja o ex-amor) uma forma de continuar a viver, pois sem amor (dos outros) não sabe viver (traduzindo: DESESPERO para curar a mágoa). Os traumas podem ser muitos e se não superados o magoado pode ter sintomas de não-entrega, ódio, egoísmo, frieza, arrogância (sim, arrogância geralmente nasce em pessoas mal-amadas, principalmente quando elas não têm amor-próprio), tristeza, solidão, insegurança (fique atento! Um “Love Hurted”** não mostra os sentimentos que lhe fazem parecer fraco ou humano diante dos olhos alheios, como os últimos três sentimentos), entre outros sentimentos ruins.

Obs.: Se dois dos sentimentos mencionados forem apresentados e persistirem após três meses da mágoa amorosa, você pode ser um “Love Hurted” procure o terapeuta mais próximo.


Amor, visão II: eis o amor verdadeiro, aquele que superou as decepções e os traumas, neste as duas partes amam quase na mesma quantidade (chega de ilusões! Sempre um ama mais que o outro), os amantes apenas somam em suas vidas mutuamente (havendo discussões sim, mas construtivas, para entrar em acordos), uma relação de lealdade mais do que apenas fidelidade, é o amor amadurecido, amor realista. Companheirismo e respeito são as palavras-chave desta relação amorosa. E o mais importante: cada envolvido se ama, pois antes de poder compartilhar o seu amor com alguém sabe se amar, confiar e acreditar em si.


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